Algum país erradicou o coronavírus?

Enquanto alguns países ainda enfrentam fases graves da pandemia de Covid-19, outros locais afirmam já ter superado a crise sanitária causada pelo coronavírus no mundo. Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado que é possível que o SARS-CoV-2 não seja de fato erradicado, mas se torne um vírus sazonal “comum” no ambiente, esses lugares demonstraram avanços significativos na luta contra a pandemia.  

A RFI informou, em maio, que a Eslovênia foi o primeiro país europeu a erradicar a Covid-19. O país havia registrado, até então, 1.500 casos e 103 mortes pela doença. No entanto, algumas medidas restritivas para evitar aglomerações continuam em vigor por precaução.

Alguns dias depois, Montenegro, país da Europa Meridional, convocou para si o título de primeiro país a de fato erradicar o vírus, após apresentar 20 dias sem nenhum caso novo de Covid-19. O país foi o último do continente a registrar casos da doença, dado comemorado pelas autoridades locais por demonstrar controle da situação em tempo recorde.

A Nova Zelândia, país que tem servido de exemplo para todo o mundo por sua estratégia bem articulada para “eliminar ao invés de achatar” a curva de Covid-19, ainda não declarou a erradicação da doença, mas estuda suspender lockdown e permite reuniões de pequenos grupos pela primeira vez, após 11 dias sem novos casos da doença, segundo noticiou o G1.

Apesar dos bons resultados, a primeira-ministra Jacinda Ardern têm mantido a rigidez das medidas como forma de eliminar o risco de uma nova onda local. A informação foi confirmada pelo portal UOL.

Assim como a Nova Zelândia, Japão e Islândia não afirmam ter vencido a batalha contra o coronavírus completamente – autoridades consideram que é cedo confirmar a erradicação da doença – mas, mesmo sem implantação do lockdown, já permitem reuniões em pequenos grupos e ultrapassaram a fase crítica de contágio, sem registro de novos casos.

O UOL também mostrou que a recente testagem em massa dos habitantes de Wuhan, na China – cerca de 11 milhões de pessoas – pode ter sido a responsável por erradicar a Covid-19 na região. Isso porque, apesar de não apresentar mais pacientes com sintomas, ao testar todos os habitantes as autoridades descobriram que havia 200 pacientes assintomáticos, que poderiam contaminar outras pessoas e dar início a uma nova onda da epidemia.

Os pacientes “silenciosos”, ou seja, que não apresentam sintomas, mas possuem o vírus, são a principal preocupação dos países que buscam a erradicação total da Covid-19. Por isso, especialistas têm recomendado a testagem em massa como o meio mais eficiente para evitar novos surtos da doença e continuar mantendo o controle da situação nos países.

Projeto Agir Brasil

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