Volta às aulas: escolas propõem medição de temperatura, sapato extra e uso de máscara
Estados brasileiros e municípios avaliam como retomada de atividades presenciais pode evitar contágio pelo coronavírus


As escolas particulares montaram um plano com medidas sanitárias e de distanciamento para evitar o contágio pelo novo coronavírus dentro das unidades com a retomada das atividades presenciais. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a proposta prevê que os alunos levem sapato extra para entrar nas salas, troquem de máscara a cada três horas e guardem ao menos um metro de distância um dos outros. Todas as medidas seriam válidas também para a rede pública de ensino.
Elaborado pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), que representa cerca de 42 mil colégios no país, o plano deverá ser apresentado às secretarias de educação municipais, estaduais e ao Ministério da Educação (MEC). As medidas, segundo Ademar Pereira, presidente da entidade, dão segurança jurídica às unidades para a reabertura.
“Muitos municípios começam a elaborar seus planos de retomada das aulas e trazem uma série de medidas, mas algumas precauções podem ficar de fora. Sugerimos que esse protocolo seja seguido em todos os locais para evitar que as escolas sejam questionadas depois se houver algum caso de transmissão”, disse Pereira à Folha.
Ao todo estão previstas 17 medidas sanitárias a serem adotadas. Entre elas:
- As escolas devem organizar os espaços para que os alunos estejam sempre ao menos a um metro de distância um dos outros
- Todas as salas tenham álcool em gel
- Será obrigatório o uso de máscaras para qualquer pessoa que entrar nas unidades —para alunos e professores, elas devem ser trocadas a cada três horas
- Todos devem ter a temperatura medida antes de entrar na escola
- Os alunos devem levar um sapato extra para usar em sala de aula
- Professores e funcionários do grupo de risco devem continuar afastados das atividades presenciais.
“A escola tem que agir certinho, dentro do protocolo mais rígido, mesmo que o município ou estado não exija todas essas medidas. Porque, se acontecer alguma coisa, vai ter como provar que fez o possível para evitar a transmissão. É responsabilidade das escolas adotar essas ações”, disse Pereira. Os estados estão analisando a retomada das aulas. No Ceará ainda não há nenhuma sinalização de afrouxamento do isolamento social. Em nenhum estado brasileiro há data estabelecida para a reabertura das escolas da rede pública.