Vacina contra tuberculose é aposta da Bulgária combater a Covid-19
O país é um dos maiores produtores da medicação, mas ainda não apresentou estudos que comprovem a eficácia no uso da vacina


A Bulgária está investigando se a BCG, vacina para tuberculose, seria eficaz para tratamento da Covid-19. O país é um dos principais fabricantes mundiais do medicamento. As autoridades de saúde búlgaras estão realizando estudos que se baseiam no aumento nos níveis de imunização no organismo humano ocasionados pela medicação. A informação foi publicada pelo site da ISTO É.
Em abril, o diretor de pesquisa Inserm, do Instituto Pasteur, disse à AFP que “há décadas que a BCG tem efeitos benéficos inespecíficos, ou seja, que protege contra doenças além daquela para a qual foi criada, a tuberculose”. Por meio dessa suposição que os pesquisadores apostam no resultado positivo do uso da vacina. Ainda que haja a defesa do uso da BGC pelo país, a comunidade científica e a Organização Mundial da Saúde (OMS) não indicaram nenhuma evidência de real eficácia da vacina para o tratamento da covid-19.
O professor de imunologia, Bogdan Petrounov, afirmou que a “BCG produz uma potente estimulação imune” e enquanto se espera um tratamento ou uma vacina específica contra o novo coronavírus “devemos apostar na imunidade”. Apesar da indicação, estudos em alguns países da Europa, como a Austrália, na África do Sul e nos Estados Unidos ainda verificam a possibilidade desse escudo que a medicação antituberculosa teria contra a Covid-19.
De acordo com a ISTO É, a Bulgária segue acreditando que a vacina protegeu sua população da pandemia. O país entrou em quarentena em março, teve sua propagação contida. Até o momento, a Bulgária registra 2.477 casos registrados e 134 mortes, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.
Projeto Agir Brasil
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