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Por que a pandemia diminui o número de transplantes de órgãos?

Há a possibilidade de sobrecarga de serviços como os de hemodiálise

31.05.20 - 04H25 Por Amanda Araújo
Quarto de transplante de órgãos
Com a suspensão de voos, o transporte dos órgãos está dificultado (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A quantidade de transplantes de órgãos (coração, fígado, rins e pâncreas) no Brasil caiu 34% em abril, na comparação com 2019, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Essa queda, durante a pandemia de coronavírus, deve-se, entre outros fatores, ao medo dos pacientes de contraírem Covid-19 e às dificuldades do transporte de órgãos. 

Com a suspensão de voos, o transporte dos órgão está dificultado. O cirurgião transplantador do Hospital Universitário da Universidade Federal do Ceará (UFC) e presidente da ABTO, Huygens Garcia, explicou a situação em entrevista ao Nexo

“Essa queda vai continuar acontecendo, mas a gente espera que a recuperação ocorra à medida que os leitos de UTI fiquem vagos e que os hospitais consigam ficar mais tranquilos e sem lotação de pacientes com Covid-19″, disse ele. 

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Com a pandemia, ainda há a possibilidade de sobrecarga de serviços como os de hemodiálise e aumento  do número de mortes de pessoas que esperam na fila por transplantes. 

Fatores de queda:

1. Crescimento da negação familiar;

2. UTIs lotadas; 

3. Medo do receptor de contrair Covid-19;

4. Suspensão de serviços;

5. Dificuldade de transporte.

Recomendações

Antes da pandemia, a situação dos transplantes era semelhante à de 2019, com número estável de potenciais doadores (52 para cada milhão de habitantes).

Um mês de transplantes de córnea parado, segundo levantamento do Nexo, poderia significar 1.200 pacientes a mais na fila de espera.

Devido aos problemas decorrentes dessas paralisações, a ABTO recomenda que os serviços sejam mantidos dentro da capacidade de cada hospital. 

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