Nitazoxanida será testada no Brasil com placebo
500 pacientes em sete hospitais do Brasil participarão dos experimentos com nitazoxanida junto com placebo
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Três países, Egito, no México e nos EUA, já caminham com os testes com nitazoxanida. As informações da agência de notícias Folhapress anunciam que 500 pacientes no Brasil, em sete hospitais (cinco hospitais militares no Rio, um em São Paulo e um em Brasília), participarão dos experimentos com a droga, segundo o ministro da Ciência, Marcos Pontes.
“A nitazoxanida foi mapeada por meio de inteligência artificial e de biologia computacional em meio a 2.000 fármacos pelo CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) e testada em células isoladas no Instituto de Biologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), um dos poucos da região com nível de segurança necessário para manipular vírus’, explica a Folhapress.
No Brasil, como nos EUA, a nitazoxanida será pesquisada com placebo – um grupo de pacientes recebe a droga e, outro, uma pílula sem a medicação. Lá as pesquisas devem começar no dia 30. O país mais avançado com os testes da substância é o México, que está na última etapa desses experimentos (a “fase 4”, na qual os ensaios coletam informações adicionais sobre a segurança, eficácia ou uso ideal de um medicamento), segundo a Folhapress.
No caso da nitazoxanida os resultados iniciais da pesquisa mostraram uma redução de 93,4% da carga viral em células infectadas. Mas a comunidade acadêmica evita tais tipos de afirmações porque só 7% dos testes que funcionam em células isoladas, como é o caso dessa pesquisa, têm bons resultados em pessoas. O risco maior é que na prática a quantidade de droga necessária para matar um vírus em um humano pode ser bem mais tóxica do que em testes em laboratório.