Covid-19: Mulheres comandam pesquisa para reduzir letalidade
LIP-UFRJ avalia efeitos da nitazoxanida em pacientes com pneumonia grave
Com equipe 90% feminina, Laboratório de Investigação Pulmonar (LIP) do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), busca novas terapias para reduzir a letalidade da Covid-19 no País.
O foco do laboratório é “desenvolver técnicas de respiração mecânica, novos medicamentos e pesquisas com células-tronco”, informou em entrevista ao O Globo a professora-chefe do laboratório, Patricia Rocco.
A médica tem mais de 30 anos dedicados ao estudo de doenças pulmonares e é membro da Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Ciências.
Com a chegada do novo coronavírus, a equipe de 60 profissionais passou a dedicar-se exclusivamente aos impactos da Covid-19, a convite do Ministério da Ciência e Tecnologia.
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O LIP-UFRJ, então, tornou-se responsável por um dos estudos que avalia os efeitos da terapia com a nitazoxanida em pacientes com pneumonia grave induzida pelo Sars-Cov-2.
O trabalho do laboratório, durante a pandemia, está dividido em estudos clínicos com medicamentos e terapia com células-tronco; pesquisas pré-clínicas sobre a atuação do coronavírus dentro da célula; e divulgação de informações científicas.
Mulheres em busca de reduzir a letalidade
90% dos profissionais do LIP-UFRJ são mulheres, mas, segundo Rocco, as integrantes não são escolhidas por causa do gênero.
As pesquisadoras que são maioria precisam, assim, lidar com o machismo estrutural, muito forte também na ciência.
“Já me perguntaram ‘cadê o médico’, ‘cadê o professor’, ‘quem é o responsável’. Todo dia é uma batalha”, contou ao Globo a médica Nathane Santana Félix.
Informações científicas
Acompanhe a equipe do LIP-UFRJ no Instagram, Youtube, Facebook e Linkedin, redes sociais nas quais o laboratório publica dados de utilidade pública sobre a Covid-19.
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