Pode haver outra onda de Covid-19 após o fim da quarentena?
Outras epidemias passaram por diferentes estágios antes do fim
As dúvidas sobre coronavírus são inúmeras, e fazer uma previsão sobre o futuro após a pandemia é sempre uma tarefa difícil. Além de ser um contexto novo, as subnotificações de casos devido à falta de uma estrutura para a testagem em massa, como ocorre em alguns países, impedem que seja possível entender a realidade e traçar estudos mais certeiros.
De acordo com o vídeo publicado no portal da Superinteressante dia 4 de maio, uma opção seria analisar as epidemias já vividas pela humanidade. No caso da gripe suína, a doença, que causou 18 mil óbitos, ocorreu em diferentes ondas pelos países, mas foi parada pela criação de uma vacina.
Já a gripe espanhola foi diferente. A doença passou por três ondas, em março de 1918, agosto de 1918 e fevereiro de 1919. A epidemia chegou ao fim mesmo sem a criação de uma vacina, mas o resultado foi um saldo de mortes estarrecedor: 50 milhões de pessoas morreram da gripe.
Assim, sem uma vacina, só seria possível acabar com uma epidemia se cerca de 50% a 70% das pessoas fossem infectadas. Os sobreviventes ficariam, teoricamente, imunizados contra o vírus, o que também serviria para proteger o restante da população.
O problema, nesse cenário, é que, com o coronavírus, além de não se sabermos como a imunidade funciona nem quanto tempo dura, as mortes seriam inevitáveis. Mesmo com o número de infectados muito longe dessa porcentagem, já é clara a sobrecarga do sistema de saúde de diversos países e a quantidade assustadora de perdas. As dúvidas sobre coronavírus continuam.
2ª onda de surto
Nesse sentido, a ocorrência de uma segunda onda de surto é uma possibilidade. Mesmo após o fim da quarentena, o ideal seria continuar com medidas de isolamento social, monitoramento de possíveis focos e investir em testagem massiva, para que os novos casos pudessem ser rapidamente isolados e tratados.
Projeto Agir Brasil
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