Coronavírus: número de casos da doença triplicam e Curitiba volta a fechar bares e parques
Cidade paranaense estava adotando estratégia ‘sueca’, mas teve que voltar atrás


No início de maio, a pandemia de Covid-19 estava sob controle em Curitiba. Na época, o prefeito Rafael Greca (DEM) disse em sua conta no Twitter que os curitibanos vinham “seguindo o modelo sueco, recomendado pela OMS. Não fizemos lockdown, apostando na inteligência das pessoas”, em referência à estratégia adotada pela Suécia para frear a doença.
Mas agora, novos números, mostram que a estratégia falhou. Na última semana, segundo informações do El País, o número de registros diários do novo coronavírus na cidade triplicou. Os casos se mantinham em uma média de 14 por dia. Só no sábado, 13, foram 59 novos. No total, são 1.177 casos confirmados de Covid-19, e 78 óbitos.
Curitiba sai do nível de alerta amarelo (moderado) para o laranja (2, de risco médio), conforme o Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social, sistema de monitoramento adotado na cidade para rastrear a doença, e que estabelece quais medidas devem ser tomadas em cada nível. Por isso, já nesta segunda, começam a valer medidas mais rígidas para circulação e funcionamento do comércio na capital paranaense.
O fechamento de locais que haviam sido reabertos (como igrejas, academias e templos religiosos) acontece porque esses foram alguns dos espaços que tiveram surtos da doença na cidade, segundo Márcia Huçulak. “Tem um equívoco das pessoas, e estamos batendo nessa tecla. Não acaba, gente. O vírus não vai embora. Ele só vai embora com uma vacina ou tratamento comprovado. Eventualmente, está tranquilo quem teve a doença e se recuperou, mas tudo ainda é desconhecido sobre a doença. E muita gente não entendeu a gravidade”, disse.
Situações como pessoas se recusando a usar máscaras em supermercados, aglomerações em supermercados e lojas de departamentos, festas em condomínios residenciais e agressões a fiscais que controlavam a entrada de pessoas nos ônibus são algumas cenas recorrentes em Curitiba. “Qual é a parte que as pessoas não entenderam? A responsabilidade deve ser coletiva”, salientou Márcia.
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