Coronavírus: o que significa estar assintomático?

Nos últimos dias, uma nova afirmação sobre a Covid-19 começou a circular em veículos de notícias e redes sociais e preocupou a comunidade científica. A partir de uma declaração equivocada da epidemiologista Maria Van Kerkhove, da Organização Mundial da Saúde (OMS), espalhou-se a informação de que pessoas assintomáticas não transmitem coronavírus, ou que, pelo menos, a transmissão através dessas pessoas era “muito rara”, o que foi elucidado posteriormente pela entidade.

Segundo a BBC Brasil, o problema é que a declaração de Van Kerkhove não explica como a própria organização categoriza pessoas sem sintomas. Para a OMS – e também para a comunidade médica – pessoas sem sintomas podem ser categorizadas em dois grupos: as assintomáticas e as pré-sintomáticas. Mas qual a diferença entre eles?

Estar assintomático significa não apresentar sintomas de uma doença. No caso da Covid-19, pacientes assintomáticos não apresentariam, entre outros sinais, febre, tosse ou ausência de olfato, por exemplo. Quem estiver pré-sintomático, por outro lado, está no início da doença e ainda irá apresentar sintomas.

O problema da afirmação, que foi rechaçada pela comunidade científica, é que essa distinção só pode ser feita após a cura da doença, visto que há pessoas que apresentam sintomas apenas na fase final da infecção. Portanto, alegar que pessoas assintomáticas não transmitem o vírus pode causar aumento no índice de transmissão.

Além disso, especialistas ainda não chegaram a um consenso sobre o grau de transmissibilidade de assintomáticos, ainda que acreditem que seja possível que pessoas com sintomas possam transmitir a doença com mais facilidade. Seguem necessários, portanto, cuidados rigorosos por parte de toda a população.

Projeto Agir Brasil

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