Que tipo de aproximação podemos fazer com a pandemia?

Beijar e abraçar é desaconselhável. Aproximação social apenas entre membros de uma mesma casa

19:18 | 08 de May de 2020 Por Amanda Araújo
Que tipo de aproximação podemos fazer com a pandemia?

Mulher de máscara preta na rua; aproximação social é restrita em tempos de coronavírus
As máscaras devem ser usadas fora de casa para evitar contaminação (Foto: Freepik)

Desde que o surto de coronavírus começou, a maneira de cumprimentar os outros mudou. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já recomendava menos aproximação social, e beijar e abraçar é desaconselhável. Agora, com a pandemia alcançando níveis cada vez mais alarmantes no Brasil, você deve manter distância de pelo menos 1,5 metro das demais pessoas quando sair para fazer compras essenciais, por exemplo. 

Isso vale para as pessoas que você convive em casa? Não, a menos que nenhuma delas esteja doente, a aproximação social é bem-vinda. A quarentena, reforça o infectologista Wladimir Queiroz, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, não significa abstinência, mas isolamento.

Não é necessário se privar de contato com os companheiros ou fazer sexo de máscara, caso ambos estejam cumprindo o isolamento social à risca. A saúde sexual é um dos pilares da qualidade de vida, conforme a OMS. Isso não mudou com a pandemia, mas é necessário garantir que os parceiros estejam cumprindo a quarentena. 

Fluidos corporais

A saliva transmite Covid-19, mas em relação aos fluidos corporais, não há comprovação. Fezes também transmitem a doença, e o conteúdo anal possui muitas bactérias, por isso especialistas ouvidos pela Folha de S. Paulo recomendam a possibilidade de fazer sexo anal de camisinha. 

A “um braço de distância”

Nesta semana, a Coreia do Sul reabriu escolas e museus com a queda de novos casos de Covid-19. Depois do confinamento forçado, autoridades iniciaram o “distanciamento da vida cotidiana”, fase posterior ao distanciamento social, de acordo com a agência EFE. 

Os cidadãos precisam, na fase de distanciamento da vida cotidiana, cumprir orientações: ficar em casa de três a quatro dias caso apresentem sintomas; manter as pessoas “a um braço de distância”, lavar as mãos regularmente; tossir no cotovelo; ventilar e limpar os espaços regularmente.

Novas formas de cumprimentar

Antes da pandemia atingir níveis de maior restrição social, autoridades de vários países espalharam a mensagem: não troque apertos de mão! O “toque de cotovelos” e até o “footshake” (saudação com o pé) ficaram famosos nestes tempos de rigidez quanto à aproximação social.

O lema “Não aperto sua mão porque te amo” foi multiplicado no Irã. Por lá, esse aperto de mão entre homens – porque não é conveniente apertar a mão de pessoas do sexo oposto de qualquer forma – foi substituído por um punho fechado em direção ao outro, sem qualquer contato. 

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