Alimentos ficam mais caros com pandemia de coronavírus
Dados do IBGE mostram que em março o preço dos alimentos teve alta de 1,13%, contra 0,11% registrados em fevereiro


No momento em que as famílias estão sentindo o impacto da crise do coronavírus, o preço dos alimentos sobe. Segundo o IBGE, os maiores aumentos se deram em produtos relacionados à alimentação em domicílio, que acelerou de 0,22% para 1,40% em março. As maiores altas foram registradas em produtos como cenoura (20,39%), cebola (20,31%), tomate (15,74%), batata-inglesa (8,16%) e ovo (4,67%). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
“Houve uma aceleração disseminada no preço dos alimentos”, disse o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov à Folha. “Os números sugerem que as pessoas estão comprando mais para comer em casa.”
Economistas afirmam que a elevada procura teve impacto nos primeiros momentos da crise, mas esperam que os preços se ajustem com a normalização da demanda após a corrida aos supermercados.
“Quando a reposição vier, ainda veremos novos aumentos. Vai piorar antes de melhorar”, completa. Segundo dados compilados por consultor Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócios, o preço do feijão no atacado acumula alta de 71,1% em 30 dias, o trigo subiu 13,6% e o arroz, 7,6%. O café tem aumento acumulado de 6,9% no período.
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