Câncer e enfisema são fatores de risco para Covid-19?
Pacientes com câncer podem ter mais probabilidade de apresentar complicações graves
Pessoas em tratamento de câncer, que fazem quimioterapia e radioterapia, têm organismos com menor capacidade contra bactérias e vírus. Portanto, são grupo de risco para Covid-19 junto com idosos e indivíduos com doenças crônicas como diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) explica que possuem mais chances de apresentar complicações graves, caso sejam contaminados pelo coronavírus, os pacientes não só em tratamentos de quimioterapia e radioterapia, mas que tenham feito cirurgia há menos de um mês ou que façam uso de medicamentos imunossupressores.
Apesar disso, em nenhuma hipótese o paciente com câncer deve parar o tratamento por conta própria. “Toda decisão quanto ao tratamento deve ser feita junto com a equipe de saúde. Em algumas situações, consultas e exames poderão ser adiados e remarcados”, alerta o INCA.
Quem tem enfisema pulmonar também é grupo de risco, assim como pessoas com outras doenças respiratórias crônicas, tais como asma e bronquite crônica.
Outra questão para os pacientes com enfisema pulmonar é relativa ao tabagismo. A médica Patrícia Rocco, em entrevista ao UOL, alertou aos fumantes: “O tabagismo, por si só, já causa um processo inflamatório nos pulmões. Se esse paciente tiver um enfisema pulmonar ou qualquer outra doença respiratória crônica pelo tabagismo está comprovado que a Covid-19 vai apresentar casos mais graves”.
Pneumatórax
O pneumotórax, escape de ar do pulmão por meio de uma lesão na superfície, dificulta a expansão e causa muita dor e falta de ar.
É ocasionado por trauma ou de forma espontânea (pulmão doente, se a pessoa for fumante ou tiver enfisema pulmonar), ou ainda sem condição prévia.
Segundo o pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Gustavo Prado, o pneumotórax espontâneo primário não impõe risco maior para a Covid-19.
À Folha de S. Paulo, ele explicou que quem tem uma doença crônica pulmonar apresenta risco devido a essa comorbidade, e não por ter tido pneumotórax antes.
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